Pesquisa no Blog

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cães sofrem com obesidade

Fonte: A Tribuna

Keila Godoy, da PremieR Pet, aponta que, como descendentes do lobo, cães têm no instinto a ideia de “comer o máximo possível”

Há diversos cuidados podem ser tomados para evitar que o seu cão sofra da “Síndrome de Scooby Doo”, o cachorro glutão


É comum as pessoas mudarem o comportamento alimentar durante o inverno, ingerindo alimentos mais calóricos e, muitas vezes, ganhando peso no período. Essa mudança normalmente é extrapolada para o universo pet, com maior oferta de alimentos, fazendo com que, rapidamente, os bichos de estimação engordem, com risco de tornarem-se obesos e entrarem para um time que inclui entre 25% e 40% dos cães e gatos em todo o mundo. “Considera-se que o animal é obeso quando está 15% acima de seu peso ideal”, afirma a médica veterinária Keila Regina de Godoy, da PremieR Pet, marca de alimentos Super Premium para cães e gatos. Ela esclarece alguns dos principais aspectos da obesidade nos pets.

Quais as principais dicas para driblar o apetite aumentado dos bichos?
Primeiro vale lembrar que fome é diferente de apetite: a fome é fisiológica e é um alerta do organismo para a necessidade de ingestão de energia suficiente para a manutenção da vida. Apetite pode ser estimulado por alimentos altamente saborosos, independente da fome e necessidade. Para controlar esse apetite, é indicado não ceder a olhares, latidos ou miados insistentes à beira da mesa. Cada concessão reforça o comportamento indesejável e prejudicial, que nada mais é do que uma “chantagem” do bicho. Fracionar refeições em três ou quatro porções diárias, dividindo a quantidade e não aumentando, também ajuda, assim como estabelecer rotina de alimentação, com horários fixos. Oferecer brinquedos e passeios para o animal não encontrar na comida sua única fonte de distração e prazer e oferecer “petiscos” não calóricos e que suprem a necessidade e ansiedade do animal costumam ser boas medidas.

É verdade que um bom recurso é dar frutas nos intervalos das refeições?
A livre ingestão de frutas pelos pets não é um consenso entre os nutricionistas. Deve-se ter cuidado, pois frutas também têm calorias e, em quantidades inadequadas, podem desequilibrar a alimentação, promover amolecimento das fezes e aumento de peso. Alimentos considerados saudáveis e naturais não necessariamente são menos calóricos. Outro ponto importante é que frutas cítricas não são apropriadas para os pets.

Como agir quando o bicho fica pedindo comida fora de hora?
Muitas pessoas ficam com pena e acabam oferecendo algo, como um petisco.

Esta é a típica pergunta que todo proprietário já se fez algum dia. “Eu alimento bem meu pet e até sirvo mais do que está escrito na embalagem da ração. Então, por que ele continua com essa cara de morto de fome?”. No caso dos cães, ao que parece, a resposta está em sua própria origem. Como sabemos, o cachorro descende do lobo, e os lobos caçam para obter seu alimento, assim como os cães selvagens. Mas nem sempre as caçadas do lobo são bem-sucedidas e, em geral, ele pode passar quatro ou cinco dias sem comer até que capture uma presa para saciar sua fome. Este mesmo instinto de sobrevivência está nos cães domésticos. É como se uma voz em seu interior falasse: “Trate de comer o máximo possível porque amanhã não sabemos se haverá comida”. É muito importante lembrar que toda essa chantagem do animal obedece a um instinto.

Trocar o alimento pela versão light e aumentar a quantidade é correto?
Se o animal é guloso e está com tendência ao ganho de peso (considerando menos espaço para se exercitar, castração, excesso de petiscos) pode-se sim trocar a alimentação para a versão light. Isto porque se apenas houver a redução da quantidade de um alimento convencional, o animal bem possivelmente passará fome, já que a sensação de saciedade está ligada à plenitude gástrica, ou seja, o estômago precisa estar “cheio” para o animal se sentir satisfeito. Como os alimentos light já são balanceados para, em uma mesma quantidade de alimento, oferecer menos calorias que os convencionais e são ricos em fibras (que também ajudam a controlar o apetite), o animal não passa fome e fica bem nutrido. Então, não é porque o alimento é light que se pode aumentar a quantidade. É importante seguir a recomendação da embalagem e do veterinário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário