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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ribeirão corre risco de surto de raiva

fonte: Ribeirão Preto Online


Ribeirão Preto corre o risco de registrar um surto de raiva a qualquer momento. Isso porque a cidade não atingiu, ano passado, a meta de vacinar 80% da população canina contra a raiva. A estimativa é que existam na cidade 80 mil cães.


O motivo, segundo Eliana Colucci, chefe da Divisão de Controle de Zoonoses de Ribeirão Preto, foi a recomendação, da Secretaria de Estado da Saúde, de suspensão da campanha devido às reações adversas provocadas pela vacina RAI PET, do laboratório Biovet.

A veterinária Sâmila Mendonça recomenda levar o animal imediatamente a um veterinário caso ele apresente comportamentos estranhos, como agressividade, medo incomum ou choro incessante. Sâmila ainda diz que o ideal é que os cachorros não fiquem  soltos pelas ruas. Deve ser evitado o contato com outros animais quando os donos os levarem para passear.

 Até o dia da suspensão da vacinação haviam sido vacinados 2.522 animais, em campanha na área rural e de rotina, segundo dados da Divisão de Controle de Zoonoses.

Segundo Maria Luiza da Silveira, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento de Ribeirão Preto, a cidade ainda não tem uma previsão do Ministério da Saúde para recebimento de novas vacinas.

A diretora ainda informa que as vacinas podem ser obtidas em pet shops da cidade, porém não orienta as pessoas a utilizarem essas vacinas sem conhecer bem o controle da cadeia de frio onde elas ficam armazenadas.

As clínicas veterinárias Clinikão e H.C Veterinária informam que suas vacinas são armazenadas corretamente através de um processo chamado Rede de Frio, próprio para o armazenamento dos imunobiológicos.

Ambas as clínicas oferem vacinas importadas contra a doença. A Clinikão aplica a RAI-VEC junto com uma consulta ao animal pelo preço de R$ 48,60. Já a H.C Veterinária oferece a dose da mesma vacina por R$ 20, sem consulta.

De acordo com Maria Luiza, a única  providência a ser tomada, no momento, para evitar esse possível surto, é que o Controle de Zoonoses continue fazendo uma monitoramento de cães, gatos e morcegos. Esse trabalho consiste em encaminhar amostras para investigação do vírus rábico no Instituto Pasteur em São Paulo.

A doença

A raiva é causada por um vírus que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central.

A transmissão dá-se do animal infectado para o sadio através do contato da saliva por mordidas, lambidas em feridas abertas, mucosas ou arranhões. A doença também pode afetar humanos.

Os sintomas da doença variam de acordo com sua evolução. Na fase inicial há apenas dor ou comichão pelo corpo do animal, seguida de náuseas, vômitos e agressividade. Na fase mais avançada surgem espasmos musculares intensos e salivação incomum.

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