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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Teste revela como funciona a mente dos cachorros

Fonte: Fantástico

A pesquisadora americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal, se dedica a estudar a cabecinha deles.


Você sabe como funciona a mente dos cachorros? Será que eles entendem mesmo as ordens que a gente dá? Como você acha que funciona o cérebro de um cachorro?

A pesquisadora americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal, se dedica a estudar a cabecinha deles. E sabe o que ela diz? Que a gente os interpreta mal os cachorros. A gente acha que eles entendem tudo.

“Eu bato o maior papo com ele, falo tudo. Ás vezes eu to brava com meu marido, eu falo pra ele: olha o teu pai aprontando”, afirma Pâmela Andalati, empresária.

Mas essa falação acaba gerando ansiedade no animal, segundo uma veterinária.

“Às vezes é melhor resumir um pouco a comunicação com o cachorro, falar menos e falar mais direto, mais claramente as palavras que ele já está acostumado a escutar. Passear, hora da comida, vamos pra cama, vamos brincar. Isso eles entendem”, orienta Daniela Ramos, veterinária da USP especialista em comportamento animal.

Porque o que eles mais entendem não são nossas palavras - são os gestos e expressões faciais.

“Quando o dono fala "cadê a bolinha?" O dono sem querer deu uma olhadinha para aquele canto da sala onde ficam os brinquedos e ele capta essa comunicação que não é verbal. E busca a bolinha sem precisar entender o significado da palavra bolinha”, explica a veterinária.

E como é que será que o cachorro se comporta quando os donos não estão em casa? Você sempre quis saber, não é?

Então a gente decidiu fazer o teste: trouxemos uma câmera pra grudar aqui na varanda. Enquanto a Lílian e o Alessandro estão no trabalho, esta câmera vai gravar tudo o que a Julie está fazendo. Vamos ver o que acontece?

“Tchau, minha princesa, linda da mamãe. Fica aí que eu já venho. Tá bom?”, se despede Lílian.

Júlie vai até a porta, dá uma olhadinha, deita no chão, e decide subir no sofá.

Ela dorme. Dorme bastante. Os donos acertaram. Quando acorda não quer nem saber dos brinquedinhos.

Mas uma coisa chama atenção de Julie. Ela reagiu ao toque do telefone. “Mas o que ela queria, atender? Ou chamar alguém?”, pergunta Alessandro.

A audição do cachorro é tão apurada que enquanto você está aí assistindo à TV, ele ouve também a torneira na cozinha, alguém penteando o cabelo, digitando no computador, uma bicicleta passando na rua e o tic tac do relógio - tudo ao mesmo tempo.

É que o cérebro dos cachorros reage muito mais a ruídos do que a imagens. Eles enxergam o mundo muito menos colorido que a gente.

Simulamos a visão de Julie. Como qualquer cachorro, ela reconhece apenas tons de azul, amarelo e as variações do cinza.

Em compensação sentem cheiros a quilômetros de distância. O olfato deles equivale a nossa visão, explica a cientista americana. Quantas vezes você já não se irritou quando seu cãozinho se esfregou na grama depois do banho?

Pois saiba que ele só quer de volta o cheirinho de cachorro.

A lambida nem sempre é uma demonstração de carinho.

“Às vezes, ele quer um pouco do sanduíche que você comeu”, diz a pesquisadora Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal.

O cheiro ainda está na sua boca, mas só eles percebem.

Jack e Luck ficaram sozinhos no feriado. Latiram pra burro, ou melhor pra cachorro.

E não adianta dar bronca depois. A memória deles é curta.

“Ele nem lembra mais o que foi feito. Ele não vai associar aquela bronca com o ato que ele manifestou muitas horas atrás”, afirma Daniela Ramos, veterinária.

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